Se vem a chuva adiante do vento, [/] Acautela-te enq'anto é tempo |
Se um trovão solto no céu reboa, [/] Temporal violento nos apregoa |
Se tens vento e depois água, [/] Deixa andar que não faz mágoa |
Se te doem os ossos [/] Ou doem os queixais [/] Virão muitas nuvens, [/] Chuvadas e mais |
Se queres a desgraça de Portugal, dá-lhe três cheias antes de Natal |
Se por acaso em Setembro a cigarra cantar, não compres trigo para o vir a guardar |
Se ouvires trovejar em Março, semeia no alto e no baixo |
Se ouvires as melharucas, sinal é de calor |
Se os mosquitos e moscas [/] se põem a zumbir [/] uma tempestade [/] deverá surgir |
Se o vento norte ventar, vai-te à fogueira sentar |
Se o Janeiro não tiver trinta e uma geadas, tem de as pedir emprestadas |
Se o inverno não faz o dever em Janeiro, fá-lo em Fevereiro |
Se o inverno não erra caminho, tê-lo-ás pelo S. Martinho |
Se o Fevereiro te limpa o paneiro, o Março de oito deixa-te quatro |
Se o dia da Candianária chora, / O Inverno vai fora, / E se ri, / Está o Inverno para vir, / Mas, quer ria quer chora, / O Inverno está fora |
Se o cuco não vem [/] Entre Março e Abril, [/] No principio ou no fim [/] Abril sói ser ruim |
Se o cuco não vem entre Março e Abril, ou é morto ou está para vir |
Se o cuco não vem / Entre Março e Abril, / Ou o rei é morto / Ou a guerra para vir |
Se o cuco não vem / Entre Março e Abril, / Ou o cuco é morto / Ou o fim (do Mundo) quer vir |
Se o cuco não vem / Entre Março e Abril / Ou o cuco é morto / Ou não quer vir |